Por Dom Richard
N. Williamson
Tradução:
Introibo ad Altare Dei
04 de novembro de 2017
“A realidade está lá fora – ESCUTEM-ME!”
“Sem chance! O Islã é doce, e mais doce não poderia ser.”
Quando a Grã-Bretanha tinha um Império, seus administradores
estavam em contado direto com povos, raças e religiões em todo o mundo, e eles
podiam falar destes por experiência própria. Hoje, em geral, os governantes da
Grã-Bretanha têm apenas o seu liberalismo e a sua ideologia irreal, e é por
isso que poucos deles sabem do que estão falando. O Pe. Henry Boulad, pelo
contrário, é um padre jesuíta da velha escola nascido há 86 anos em Alexandria,
no Egito, de uma antiga família cristã síria do Rito Melquita, antigo professor
de Teologia no Cairo, Superior dos Jesuítas em Alexandria e dos Jesuítas no
Egito, com, obviamente, uma experiência direta ao longo da vida sobre o Islã e
os muçulmanos. Os ataques terroristas na primavera passada em duas igrejas
cristãs no Egito levaram-no a dar uma entrevista na França e a escrever um
livro a partir do qual adapta-se as seguintes observações. Ele seguramente sabe
do que está falando!
“Acuso o Islã, mas não os muçulmanos individualmente, que
são as primeiras vítimas do Islã. Decidi denunciar a fonte do terrorismo: a
principal fonte do radicalismo islâmico no mundo é a Universidade de Al-Azhar”
no Cairo, Egito, onde a ideologia mortal é ensinada como a doutrina oficial do
Islã. Acuso a Universidade de Al-Azhar no Cairo, supostamente a encarnação do
islamismo moderado, de criar um espírito de fanatismo, intolerância e ódio em
milhões de estudantes e clérigos muçulmanos que vêm de toda parte para receber
uma formação em seus institutos. Por este meio, Al-Azhar torna-se uma das
principais fontes de terrorismo em todo o mundo.
Acuso o próprio Islã e não apenas o “extremismo
islâmico”, porque o Islamismo é, por natureza, tanto político como radical. Há
25 anos, escrevi que o Islamismo é meramente o Islamismo despojado, em toda a
sua lógica e rigor. Planeja uma sociedade visando a um califado mundial baseado
na lei da Sharia, que é a única lei que considera legítima, como vinda de Deus.
É um plano que toma todo o globo, que inclui tudo e é completamente
totalitário. Acuso de mentirosos deliberados todos aqueles que fingem que os
crimes cometidos pelos muçulmanos “não têm nada que ver com o Islã”. Estes
crimes são cometidos em nome do Corão e seguindo suas claras instruções. O
simples fato de que o chamado muçulmano para a oração e o chamado para matar os
que não são muçulmanos são precedidos pelo mesmo grito “Allah-ou Akhbar” (Deus
é grande), é altamente significativo.
Acuso os eruditos muçulmanos do século X pela promulgação
dos decretos, agora irreversíveis, que levaram o Islã ao seu atual estado
petrificado. O primeiro desses decretos cancelou todo tipo de precedência para
os versos do Corão de Meca, que chamam por paz e harmonia, e deu prioridade aos
versos de Medina, que exigem intolerância e violência. Promulgaram-se dois decretos
adicionais para tornar irreversível este primeiro decreto: o Corão foi
decretado como palavra incriada de Allah, e portanto é imutável; e qualquer
outro esforço de interpretação está proibido, pois foi declarado que “a porta
de ijtihad (reflexão) está fechada de uma vez por todas”. A sacralização destes
três decretos fossilizou o pensamento muçulmano e contribuiu para a manutenção
dos países islâmicos em um atraso e estagnação crônicos.
Acuso o Decreto “Nostra Aetate” do Vaticano II por
lançar um diálogo inter-religioso destinado a ser aberto, acolhedor e
compreensivo com os muçulmanos, porque durante 50 anos não demos um passo à
frente, e agora estamos estagnados. O diálogo com um xeque de
Al-Azhar terminou com a sua proclamação de que “todos os cristãos vão para o
Inferno”. Nada se move, assim como nada se moveu nos últimos 11 séculos.
Diálogo sim, mas quero um diálogo baseado na verdade. A caridade sem verdade
não vai a lugar nenhum.”
Acuso a Igreja Católica de perseguir um diálogo com o
Islã com base na complacência, na realização de compromissos e na duplicidade.
Depois de 50 anos de iniciativas unilaterais, os monólogos da Igreja não
levaram a lugar nenhum. Ao dar lugar ao “politicamente
correto”, fingindo que o diálogo não deve ofender os muçulmanos porque devemos
“viver juntos”, todas as questões espinhosas, mas vitais, são cuidadosamente
evitadas. Mas o diálogo verdadeiro começa com a Verdade. Solicitei um encontro
com o Papa Francisco. Sem resposta.
Kyrie eleison.
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